sábado, 20 de agosto de 2011

NÃO TENTE SOZINHO,VOCE NÃO VAI CONSEGUI.



Hebreus 10:19-25

Seguir a Cristo sem envolver-se com outras pessoas não faz sentido. O conteúdo dos Seus ensinos só pode ser aplicado em um ambiente coletivo. Observe que os dois principais mandamentos envolvem o amor a Deus e ao próximo (Lc. 10:27). Sendo assim, como praticar o amor ao próximo distante das pessoas? Impossível.

Uma das exigências para ser um discípulo de Jesus é crucificar o EU em favor do NÓS. As vontades pessoais precisam ser renunciadas em favor do bem comum. É um princípio essencial da igreja. Aliás, a Igreja é uma Eclésia, ou seja, uma assembléia separada com o propósito de servir a Deus em união. Um membro sozinho não é uma igreja, mas parte dela.
Não existe cristianismo sem relacionamentos. O próprio Mestre escolheu companheiros para as batalhas do seu ministério (Lc. 6:13, 8:1). Ele chamou e conviveu com os doze apóstolos por mais de três anos, 24h por dia. Comia, bebia, ensinava, confidenciava e ouvia-os, percorria distâncias, operava milagres, sofria e alegrava-se na presença deles.

Enquanto homem, mostrou a necessidade do amparo dos amigos. Quando os discípulos discutiam sobre “qual deles parecia ser o maior”, o Mestre interveio dizendo-lhes que no reino dos céus era diferente, pois o maior seria como o menor (Lc. 22:24-27). Acrescentando a essa lição de humildade, reconheceu a importância da companhia dos discípulos: “Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações” (Lc. 22:28).
Os discípulos estiveram com ele desde o princípio (Jo. 15:27). Estavam desde o início, no entanto, o abandonaram antes da cruz. Talvez não entendessem plenamente a sua missão. O fato é que no Jardim do Getsêmani, quando estava tomado de tristeza e angústia, o Senhor requereu a companhia de Pedro, Tiago e João para uma última vigília: “ficai aqui e vigiai comigo” (Mt. 26:38). Enquanto Jesus orava ao Pai, os seus discípulos mais íntimos dormiam. Fatigados ou desinteressados, não atentaram para a agonia solitária do Mestre. Quando a turba enviada pelos principais do povo e guiada por Judas o prendeu, todos fugiram. Jesus não foi pego de surpresa, pois sabia até quando poderia contar com eles (Jo. 16:32). E continuou amando-os até o fim.

Jesus foi fortalecido pela presença do Pai (Jo. 8:29) e de seus amigos (Jo. 15:15). Ensinou-os a fazerem o mesmo. Na missão dos Setenta, os enviou de dois em dois para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir (Lc. 10:1). E os apóstolos aprenderam bem a lição. Depois da ressurreição, não se separaram, antes foram pescar juntos (Jo. 21:2).

Paulo é outro exemplo: Evangelizou terras e mares do mundo antigo sempre acompanhado de alguém. Era fortalecido e fortalecia as igrejas através da comunhão. Graças a Deus pelos amigos e amigas que encontrou em sua missão, como Priscila e Áquila, Timóteo, Tito, Marcos, Barnabé, Apolo e tantos outros. Os solitários não vão muito longe.

Sabe por que Deus estabeleceu a Igreja? Para “considerarmo-nos uns aos outros, PARA NOS ESTIMULARMOS ao amor e às boas obras”. É por isso que não devemos “deixar de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima’ (Hb. 10:24,25).

Precisamos do “uns aos outros” para continuarmos constantes e firmes no Senhor. Como diz o Sábio: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante” (Ec. 4:9,10). Sozinho ninguém suporta as tentações e provações da vida cristã.
Claro que nem todas as companhias são saudáveis à fé. Algumas devem até ser evitadas (Pv. 13:20, 16:29, 28;7; I Co. 5:11). Por outro lado, “o olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos” (Pv. 15:30). O que não pode acontecer é tentar seguir a Cristo sozinho.
 Sozinho você não vai conseguir.

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